O cantor e compositor Diogo Nogueira lança no próximo dia 24 de novembro - uma semana antes do Dia Nacional do Samba (comemorado em dois de dezembro) -, o álbum “Munduê”, seu primeiro projeto inteiramente autoral. A coleção de canções celebra os 10 anos de carreira do artista, que deixou de ser uma promessa para se tornar um de nossos maiores sambistas, honrando o legado de seu emblemático pai, o mestre João Nogueira.

Cenas no Quilombo São José da Serra, o mais antigo do Estado do Rio.

Nesses 10 anos, Diogo Nogueira chamou a atenção de Chico Buarque, que lhe deu a canção inédita “Sou eu”, gravou um DVD de clássicos do samba numa viagem a Cuba, promoveu inúmeros encontros de gerações no “Samba na Gamboa”, programa de TV apresentado pelo cantor na Rede Brasil, protagonizou o aclamado musical “Sambra”, sobre o centenário do samba. Ao lado do bandolinista Hamilton de Holanda, fez o elogiado álbum “Bossa Negra”. Nesse tempo, ainda conquistou dois prêmios Grammy, além de ter emplacado quatro sambas-enredo na sua escola, a Portela, em carnavais consecutivos, sempre consagrados com notas dez dos jurados.

"Munduê" é uma palavra nova que a gente criou. É uma canção muito forte, universal, pois ela se encaixa em todos os ritmos, todos os lugares e momentos. Ela tem também uma mensagem muito espiritual, que nos ensina a caminhar, que ilumina a nossa vida e, ao mesmo tempo, que nos faz ultrapassar coisas que precisamos. ‘Munduê’ é uma criança que comanda o universo. É uma criança que mostra a sua pureza, sua verdade e autenticidade. É um olhar pra dentro de mim também por conta desse trabalho de 10 anos de carreira. É essa canção que faz a gente flutuar, querer ouvir. Nela, às vezes você escuta os sons das crianças cantando, o movimento do mar, o movimento do universo. Neste disco eu resolvi fazer uma coisa autoral, olhando pra dentro de mim”. Diogo Nogueira.