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Vitor Kley lança novo álbum, "A Bolha", nesta quinta (18)

Vitor Kley lança novo álbum, "A Bolha", nesta quinta (18)

Novo trabalho já está disponível nas plataformas digitais Vitor Kley pulou mais uma vez de categoria com o álbum “A Bolha”, que lança hoje, 18 de junho, pelo Midas Music em todas as plataformas digitais. Ele passa de cantor e compositor talentoso e bem-sucedido ao rol de artistas que conseguem apresentar imagens, sensações e emoções a quem escuta seu trabalho. Ao colocar par

Novo trabalho já está disponível nas plataformas digitais

Vitor Kley pulou mais uma vez de categoria com o álbum “A Bolha”, que lança hoje, 18 de junho, pelo Midas Music em todas as plataformas digitais. Ele passa de cantor e compositor talentoso e bem-sucedido ao rol de artistas que conseguem apresentar imagens, sensações e emoções a quem escuta seu trabalho.

Ao colocar para rodar “A Bolha”, da primeira à 12ª e última faixa, dá para sentir fisicamente como se abríssemos a janela de uma casa, deixássemos o sol invadi-la, nos aquecer e observar as cenas que ele narra nas letras. Tudo emoldurado pelo som mais grooveado, suingado, cativante e bem trabalhado que o gaúcho já produziu nesta década de trajetória. E olha que ele produziu bastante.

Desta vez os caminhos dos últimos cinco anos de Vitor abrem o espectro e ele insere em sua bolha sonora do samba-rock e MPB ao rock´n´roll de guitarra distorcida e o som urbano turbinado por scratches. A marca do álbum talvez seja uma cozinha de linhas de baixo gordas e funkeadas com bateria e beats atingindo o peito.

Tudo isso é fruto d´a bolha em que ele e o produtor Rick Bonadio, a quem se refere como “meu mestre”, se meteram no final de 2019.

Vitor estava no pré-lançamento de seu EP “Ao Vivo em Portugal”, sucessor do platinado “Adrenalizou”, primeiro álbum pelo Midas, e de “Microfonado”, em que lançou “A Tal Canção Pra Lua”, com colaboração de Samuel Rosa, do Skank.

Mas o próprio, conta melhor a história de como chegaram lá.

“Em 2016, criei uma música num aplicativo de celular. Eu a chamava por outro nome. Era: ‘Quem Vai’. Mas vocês a conhecem como ‘O Sol’. Passava dias no meu quarto gravando, criando. Chegou um ponto em que minha família passava perto e dizia: ‘O Vitor vive numa bolha’. Ironia do destino ou não, entramos no estúdio recentemente construído dentro do apartamento do Rick que foi denominado de, adivinhem só, ‘A Bolha’.”

Tudo se encaixou e do processo nasceu o disco que temos agora.

 “É pop, mas é claro que com pitada de rock. Tranquilo, mas um tanto envenenado. Só, mas muito bem acompanhado. De cordas a metais, de beats a baterias, de alegria a melancolia. Afinal de contas, nunca soube me definir e nem quero”, descreve o artista.

A música que abre o trabalho, “Ainda Bem que Chegou”, dá uma boa amostra do que ele fala. Começa no violão característico de Vitor com marcação percussiva, entra uma linha suingada de baixo, arranjos de cordas e metais são adicionados em camadas e o som flutua entre a MPB solar e o funk de groove tropical.

“Jacarandá” é quente, sexy, cheia de malandragem desde o início no loop de violão e traz participação de Vitão, enquanto “Menina Linda” traz um guitarra limpa à Chic, beat que faz a cabeça balançar involuntariamente e letra totalmente visual: “Eu que vim do surf/ Ela que veio da iôga”.

“Anjo ou Mulher” carrega a mesma vibe mas em sonoridade que flerta com samba-rock, até chegar em uma já conhecida, “O Amor é o Segredo”, single lançado previamente e que retratava os primeiros momentos da pandemia em seu clipe. Nesta, a progressão de acordes de violão é delicada e forma com baixo e arranjo de cordas deliciosa balada.

“Ponto de Paz” traz uma guinada para uma sonoridade mais urbana sob beat menos acelerado e abre espaço para a música que batiza o álbum. “A Bolha” é o rock de guitarra distorcida de que falamos. Na verdade é uma balada pop roqueira que passa o recado da filosofia de vida de Vitor em seu texto: “O que lhe transborda/ É o que você é/ (...)Me deixe só/ Nessa bolha/ O meu sonho é bom/ E eu não quero acordar”.

É hora de uma sequência mais baladeira, com “O Tempo”, seu piano e arranjos grandiosos, e “Sua Falta” em sonoridade chilli pepperiana de violão dedilhado, guitarra e teclas.

Vitor surpreende com guitarra, métrica hip hop e scratches na urbana “Retina” e faz dueto com Jão em “Dúvida”, quando violão e piano vão subindo tons junto aos vocais dos dois. A canção tem um clímax de chamber pop com guitarra.

Um coral lindo e quase gospel marca a canção que fecha, “Vai na Fé”. Beleza que está tanto na vibe R&B, funk e soul de estalar de dedos quanto na letra: “Segue o teu caminho/ Aprende a andar sozinho/ Que o tempo dá o seu valor/ Vai na fé/ Na vida a gente vence quando espalha o bem e o amor”.

Não poderia terminar com recado mais preciso o melhor trabalho de Vitor até aqui. Vai na fé. Ouça aqui.

Foto: Rodolfo Magalhães

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Denis Souza
Denis Souza

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